Da Redação - Ampla Defesa
O escritório de advocacia Dimopoulos, em parceria com a JK Legal & Consulting, moveu uma ação contra a organização do Grande Prêmio (GP) de Las Vegas de Fórmula 1. No processo, os advogados requerem restituição para espectadores obrigados a deixar as arquibancadas do local após um acidente na pista. Pouco convencional, a questão é mais complexa do que pode parecer.
O primeiro treino livre para o GP, realizado na noite da última quinta-feira (16), não tinha chegado aos 10 minutos quando o piloto espanhol Carlos Sainz, da Ferrari, passou por cima de um bueiro. Com o impacto - aliado à alta velocidade - a tampa de cobre se soltou e atingiu o carro de Sainz, rachando parte da estrutura externa do veículo. Diante da situação, a Fórmula 1 decidiu pela suspensão do primeiro treino, fato que ocasionou um atraso de mais de duas horas no início da segunda bateria. Foi aí que o imbróglio teve início: muitos fãs resolveram ficar e esperar para ver os carros na pista. Alguns deles tinham ingressos apenas para a quinta-feira, dia do acidente. Além disso, havia a programação de várias pessoas em relação a viagem, hospedagem, entre outros aspectos - que, naturalmente, não previa o cancelamento de um dos treinos e o consequente adiamento das demais etapas.
Visando compensar o contratempo, a Fórmula 1 decidiu que o segundo treino teria 90 minutos de duração, só que a situação esbarrou numa questão de logística: remarcado para começar às 2h locais (7h de Brasília), e depois mais um atraso de 30 minutos, a atividade se encerraria no horário limite para liberar as ruas para o trânsito local, às 4h. Os torcedores, ainda presentes, foram convidados a se retirarem das arquibancadas para não atrasar tal processo. A postura não agradou a maioria dos fãs, que decidiu judicializar a questão em busca da reparação de seus direitos.
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